quarta-feira, 22 de julho de 2009
quarta-feira, 8 de julho de 2009
2 - Que?
1 - Eu tenho vontade!
2 - De que?!
1 - Não sei direito de que, mas sei que tenho muita.
2 - Então deixa de ter.
1 - Você não tá entendendo, eu gosto de ter ela, gosto de sentir vontade!
2 - É, realmente eu não estou entendendo...
1 - Não sei quando começei a sentir, se isto esteve sempre aqui, mas sei que gosto muito.
2 - Então tenha.
1 - Mas isso também é um problema... Às vezes esqueço e não à tenho.
2 - Sim, mas aonde você quer chegar?
1 - Quero que você me ajude com essa vontade, quero saber se descubro o que é isso, ou se deixo essa sensação ir embora de vez.
2 - Não posso te ajudar, não com isso.
1 - Como assim, não com isso?
2 - Eu já senti vontade uma vez.
1 - Não entendi, uma vez?
2 - Já senti isso e não quero nunca mais ter.
Vontade=a intencionalidade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um fato, podemos desejá-lo ou rejeitá-lo. Ante um pensamento, podemos afirmá-lo, negá-lo ou suspender o juízo.
Para os filósofos Santo Agostinho e Descartes, vontade e liberdade são a mesma coisa: a falcudade através da qual somos dignos de louvor, quando escolhemos o bom, e dignos de reprovação, quando escolhemos o mau.
Agostinho e Descartes concordam em que o fato de nós humanos termos vontade nos torna responsáveis pelas nossas decisões e ações. A dimensão moral do homem decorre do fato dele ter vontade.
Em Agostinho, a escolha digna de reprovação é pecado. Em Descartes é erro. O pecado é uma falta religiosa oriunda da vontade. O erro é uma falta moral ou epistêmica. Moral quando a falta oriunda da vontade é prática. Epistêmica quando a falta oriunda da vontade é teórica.
Agostinho e Descartes também concordam em afirmar que o fato de termos vontade não só nos torna responsáveis por nossos atos e decisões como também livra Deus de qualquer responsabilidade sobre a mesma, tal como explica a teodicéia.
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